No sol ou na chuva, as vozes dos povos da floresta ecoaram em som de esperança, união, força e resistência. Revolta e gritos por justiça também marcaram emocionados momentos que fizeram presentes os mártires das Amazônias.

O ato reuniu cerca de três mil pessoas vindas de territórios nacionais e internacionais, povos plurais de culturas, costumes, línguas e sabedorias distintas, filhos e filhas da terra, das águas e da floresta.
Indígenas, quilombolas, ribeirinhos, camponeses e movimentos sociais teceram o esperançar nas Amazônias e fizeram da abertura do X Fospa, um momento tomado pela energia de quem enxerga a Amazônia como uma vida (sujeita de direitos) que necessita urgentemente ter os seus direitos garantidos.



Com concentração na escadinha do cais, a caminhada seguiu pela Avenida Presidente Vargas, Praça da República e parada na Praça Waldemar Henrique, onde na Concha Acústica lideranças indígenas, o Prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues e o Reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Emmanuel Tourinho, parceiros na promoção do evento, falaram da importância do Fospa e dos temas em pauta durante os quatro dias do histórico encontro.
Apresentações culturais, como grupos de carimbó e rodas de samba, embalaram o público presente na marcha que reuniu representantes dos nove países que integram a Pan-Amazônia.



O X Fospa segue com atividades durante os dias 29,30 e 31 de julho. A programação conta com apresentações culturais, rodas de conversas, cerca de 250 atividades autogestionadas, tendas, exposição fotográfica e feira solidária, distribuída no território da UFPA, palco do X Fospa.
Acompanhe ao vivo os debates das Casas de Saberes e Sentires que acontecerão dias 29 e 30 aqui
Texto: Michele Jaques