O Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra realiza um encontro amanhã (25), no Sindicato dos Advogados de São Paulo, para retomar uma campanha contra a violência policial.
O Comitê articula novas ações para cobrar respostas do governo do estado sobre a crise na segurança pública e o aumento de homicídios cometidos por policiais militares.
A ideia é retomar uma campanha iniciada há dois anos. Em julho de 2010, os movimentos sociais ligados ao Comitê encaminharam um dossiê à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) com o histórico da violência policial contra jovens, na maioria negros, das periferias paulistas.
Na época, o Comitê exigiu a demissão do Secretário de Segurança Pública e do Comandante da PM Paulista. Entre janeiro de 2010 e junho de 2012, 2 mil e 882 pessoas foram mortas em supostos confrontos com policiais em quatro estados brasileiros.
Em São Paulo foram mil e 98 vítimas, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). Dados da Anistia Internacional revelam que, em 2011, o número de mortes por autos de resistência, apenas no Rio de Janeiro e São Paulo, foi de 42,16%. Esse número é maior do que todas as penas de morte executadas, após o devido processo legal, em 20 países.
Segundo o Mapa da Violência 2012 entre 2001 e 2010 o número de vítimas brancas, de 15 a 24 anos, caiu 27,5%, enquanto o índice de negros assassinados aumentou 23,4%. Anualmente, morrem 139% mais negros do que brancos na faixa dos 15 a 24 anos. (pulsar/brasildefato)