
Em nota, a direção da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) informou que uma comissão de sindicância trabalha para descobrir a autoria de pichações homofóbicas encontradas nas paredes do Centro Acadêmico de Direito (Cadir).
Estudantes de diversos cursos também se mobilizam contra a ação de preconceito. Organizada por integrantes do próprio diretório pichado e por grupos de Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros (LGBTs ), uma reunião marcada para hoje (11) debaterá e encaminhará ações de conscientização e combate à homofobia e ao machismo na Universidade.
As pichações ofensivas em vermelho foram encontradas nesta semana, no segundo dia de aula após o recesso iniciado para as festas de final de ano. Dentre outras frases, os autores escreveram expressões como “Ñ aos gays” e “Quem gosta de dar, gosta de apanhar”. Fotos das mensagens foram publicadas na internet.
O Centro Acadêmico divulgou nota de repúdio à ação de intolerância e o documento também ganhou repercussão nas redes sociais. Em entrevista à Agência UnB, o integrante do Cadir Hugo Fonseca disse que as pichações não são novidade, mas que a frequência delas vem aumentando. Ele considera a questão grave e lamenta que esse tipo de situação seja vista muitas vezes como piada ou brincadeira para alguns.
Fonseca relata que o Centro Acadêmico faz o debate sobre esse tipo de opressão, porém isso incomoda pessoas conservadoras. O estudante contou ainda que a bandeira LGBT, normalmente fixada na parede do Centro Acadêmico, já foi atirada pela janela mais de uma vez.
Além do processo administrativo aberto na Universidade de Brasília sobre o caso, a reitoria também acessou instâncias das Polícias Civil e Federal para instalação de inquérito sobre as pichações de ódio a homossexuais. (fonte: pulsar brasil)