
Cerca de 350 trabalhadores de vários movimentos sociais do campo ocuparam na manhã desta segunda-feira (21) a superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas Gerais.
Segundo informações do site do MST, a ocupação, que será por tempo indeterminado, faz parte da Jornada de Lutas dos Movimentos sociais no estado, que exige a desapropriação de latifúndios e a agilização da Reforma Agrária. Também exige a suspenção dos 21 mandados de despejos em Minas Gerais; o fim da violência contra os trabalhadores rurais; e a condenação de Adriano Chafik, responsável pelo massacre de Felisburgo.
Segundo o coordenador nacional do MST Enio Bohnenberger o principal foco da mobilização é a denúncia contra a Vara Agrária de Minas Gerais e a Justiça Federal, que além de não expedir as emissões de posses de latifúndios, determinadas pelo Incra, vem decretando vários despejos de trabalhadores Sem Terra no estado.
Segundo os Sem Terra, o Poder Judiciário e o sucateamento do Incra representam, atualmente, o maior entrave à Reforma Agrária no país. Para o movimento, isso tem como consequência o avanço da violência no campo.
Amanhã (22), o MST irá se reunir com o Secretário de Segurança do Estado para discutir a suspensão dos despejos dos Sem Terras. Os trabalhadores também aguardam uma audiência com o governador de Minas Gerais para discutir a pauta de reivindicações no prazo de 10 dias. (pulsar)