Coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) se reuniram ontem (24), em São Paulo e Brasília, com representantes do governo para reivindicar a liberação de documentos para a construção de moradias do “Programa Minha Casa, Minha Vida”.
Após a reunião com a Secretaria Geral da Presidência da República em São Paulo, os sem-teto saíram com a promessa de que até essa sexta-feira (26) teriam um retorno do ministro-chefe da Secretaria, Gilberto Carvalho.
Simultaneamente, representantes do MTST em Brasília se reuniram com o gerente de Projetos da Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades, César Ramos. Ele recebeu a pauta de reivindicações do movimento, que inclui queixas sobre o aumento do valor repassado a empreiteiras responsáveis pela construção de moradias do “Minha Casa, Minha Vida”.
Outra reivindicação dos sem-teto em Brasília se refere aos moradores retirados há seis meses da antiga ocupação de Novo Pinheirinho, em Ceilândia. Um acordo permitiu que recebessem 408 reais mensais para se organizarem. Contudo, o repasse acabou no mês passado e o grupo diz que está em dificuldades.
Em São Paulo, do lado de fora do prédio da Secretaria Geral da Presidência da República, cerca de 600 sem-teto ocuparam a entrada do gabinete, com camisetas e bandeiras do movimento. A ocupação localizada em Embú das Artes, município da zona sul de São Paulo, também chamada Novo Pinheirinho, conta com as moradias para atender cerca de 850 famílias da ocupação.
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) de São Paulo reivindica a permissão para construir moradias num local que corresponde a 30% de uma área desmatada em uma terra de 45 hectares. (pulsar/brasildefato)