
A Polícia Civil de São Paulo não vai mais registrar ocorrências de homicídios cometidos por policiais como “resistência seguida de morte”. A partir de agora, casos em que pessoas são mortas após supostos conflitos com a força pública de segurança deverão ser registrados como “morte decorrente de intervenção policial”.
A recomendação é da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, feita no início de dezembro de 2012, como forma de evitar a manipulação dos registros policiais. À época, o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, chegou a dizer que a extinção deste expediente não era “prioridade”.
A resolução publicada na terça-feira (9) no Diário Oficial do Estado também estabelece outros parâmetros para a ação integrada das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica no atendimento das ocorrências.
A partir de agora, em todos os casos que registrem feridos, os policiais que primeiro atenderem as ocorrências deverão chamar uma equipe de resgate do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ou serviço local de emergência, para o socorro imediato da vítima. Dessa forma não podem mais fazer o resgate das vítimas.
A medida pretende preservar o local do crime e evitar que policiais com más intenções adiem o atendimento dos feridos levando-os para locais distantes do local da ocorrência, como acontece muitas vezes hoje. (pulsar/brasilatual)