Organizações, movimentos e sindicatos realizaram uma manifestação paralela à passeata que pediu o veto da presidenta Dilma Rousseff ao Projeto de Lei 2565, de 2011, que redistribui os royalties do petróleo entre todos os estados do país.
As cerca de 200 pessoas presentes defenderam que os exploradores do óleo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, devem ficar com uma maior fatia da compensação por sofrerem os impactos. Porém, concordam que as demais unidades da federação também devem receber partes do recurso.
No entanto, ainda que com interesses distintos do governador Sérgio Cabral (PMDB), os manifestantes criticam o Projeto de Lei em questão por não indicar a aplicação dos royalties do petróleo em áreas sociais como Educação, Moradia e Saúde.
Emanuel Cancella, coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Rio (Sindipetro – RJ), argumenta que “o petróleo foi descoberto através da Petrobras com investimento de todos os brasileiros e de todos os estados e municípios”. Além disso, destaca que “os royalties refletem apenas 10 a 15 % do montante envolvido” na extração do óleo.
Segundo ele, de 85 a 90% da riqueza do petróleo se esvai via leilão e exportação. Em declaração à Agência Petroleira de Notícias (ANP), classificou a passeata “Veta, Dilma” como de “chapa branca”. Para ele, o evento serviu para “melhorar a imagem de Cabral diante de derrapadas”, citando a tentativa de demolir o antigo Museu do Índio, próximo ao Maracanã.
Para a realização do ato oficial, o governador do Rio decretou ponto facultativo e diversas caravanas vieram de municípios do interior para a capital fluminense. Cartazes, painéis e grandes faixas divulgaram a passeata, ainda que sem informarem quem fazia a convocação para encher as ruas.
A presidenta Dilma Rousseff tem até o próximo dia 30 de novembro para decidir se veta, total ou parcialmente, o projeto de lei que modifica a distribuição dos recursos compensatórios da exploração do petróleo. (pulsar)