
O presidente do Equador, Rafael Correa, foi reeleito com metade das urnas apuradas, com 56,7% dos votos válidos. Esse número foi semelhante ao que previam algumas pesquisas de opinião. De acordo com as leis equatorianas, foi descartada a realização de segundo turno.
O candidato do partido Alianza País definiu o resultado como “uma linda vitória popular”. Reeleito, Rafael Correa aproveitou a ocasião para dedicar o início de seu novo e último mandato aos policiais e militares assassinados durante a tentativa de golpe de Estado que sofreu em 30 de setembro de 2010. O presidente ressaltou que estes “morreram defendendo o presidente e a democracia”. Rafael Correa acredita que sua vitória esmagadora consolida de uma vez por todas seu projeto para o Equador. Segundo ele, agora há “um movimento organizado, com grande capacidade de mobilização”.
O apoio que Rafael Correa recebeu da população na jornada eleitoral de domingo foi ainda maior do que a votação que conseguira nas eleições de 2009, quando foi reeleito pela primeira vez já segundo as normas estabelecidas pela nova Constituição. Na ocasião, o presidente contou com 51% dos votos válidos. O que também lhe deu a vitória no primeiro turno.
Em seu discurso, Correa reconheceu que seu governo pode “ter cometido muitos erros”, no entanto, conseguiu o principal pois, segundo ele, no Equador, “já não mandam as oligarquias, os banqueiros, os meios de comunicação, o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou os países hegemônicos”.
Após a reeleição, o governo Rafael Correa promete colocar em pauta a votação de um novo regulatório da mídia no pais. O Projeto de Lei Orgânica da Comunicação no Equador, assim como a Lei dos Meios na Argentina, buscará redistribuir o espectro radioelétrico e financiar meios públicos e comunitários. (pulsar/brasilatual)