
Professores da rede estadual realizam na tarde de hoje (3) uma assembleia para decidir sobre a manutenção da greve que teve início dia 22 de abril. Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o movimento tem adesão de 33% da categoria.
Em entrevista à TVT, a vice-coordenadora da regional da Apeoesp no ABC paulista, Naiara Nabarro, afirmou que o governo “endurece”, enquanto afirma dialogar com a categoria mas “não reconhece que há greve”.
Naiara contou que o governo chamou a Apeoesp para negociar na semana passada mas não apontou medidas significativas para as que as condições de trabalho da categoria melhorem. Segundo ela, a luta é pelo reconhecimento da greve e das situações precárias das escolas.
A categoria reivindica reposição salarial de 36,74% enquanto o governo oferece 8,1%. Segundo a Apeoesp, o aumento proposto pelo governo significa reajuste de 2%, após desconto da inflação.
Os professores também querem o cumprimento da lei que determina que um terço da jornada de trabalho seja destinada a atividades de formação e preparação de aulas. Também exigem a extensão dos direitos da categoria aos contratados temporariamente.
A Secretaria da Educação diz que cumpre a exigência de liberar os professores para as atividades extraclasse. Contudo, de acordo com Naiara é uma lei federal que o governo do estado simplesmente não implementou”.
A assembleia geral será realizada no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista. Ontem (2) professores estaduais organizaram uma manifestação em Mogi das Cruzes, no Alto Tiête, que contou com a presença de alunos. (pulsar/brasilatual)