
Dilma Rousseff decretou luto de três dias, a partir de hoje (6), pela morte de Hugo Chávez. A presidenta afirmou que as transformações econômicas, sociais e políticas na Venezuela fizeram dele “a mais importante referência da história daquele país”.
Chávez morreu em Caracas ontem (5), aos 58 anos, após complicações de um câncer na região pélvica. A notícia foi anunciada pelo vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em rede nacional de rádio e televisão.
A informação foi recebida com pesar por partidos que se declaram de esquerda, inclusive brasileiros. O PT, assim como Dilma, destacou o protagonismo de Chávez na integração da América Latina, o caracterizando como “uma liderança mundial das forças populares”.
Parlamentares do PCdoB desejaram que os avanços contra a desigualdade na Venezuela não cessem. Já o PCB reafirmou “sua confiança de que os trabalhadores e o povo venezuelanos saberão construir unidade, ampliar a organização e derrotar forças conservadoras”.
O Psol considerou o processo político venezuelano como um dos mais importantes no enfrentamento do imperialismo no continente. E afirmou que Chávez se empenhou para fazer da Revolução Bolivariana um processo rumo ao socialismo.
O PSTU ressaltou que se deve “respeitar a comoção de inúmeros ativistas e militantes”, mas disse que “é importante discutir o real significado do chavismo”. Na avaliação do partido, se por um lado o governo Chávez “é produto da mobilização das massas”, por outro não rompeu com a burguesia.
Neste mesmo sentido, o PCO não classifica o governo Chávez como socialista, mas sim de propaganda nacionalista. Isso sem deixar de reconhecer que a morte do líder colocará uma “redobrada pressão do imperialismo” sobre a política no país.
O funeral de Hugo Chávez deve acontecer na próxima sexta-feira (8). Além de Dilma Rousseff, outros presidentes confirmaram presença. Os do Uruguai, José Mujica, da Bolívia, Evo Morales, e da Argentina, Cristina Kirchner, são alguns dos que anunciaram viagem a Caracas. (pulsar)
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