A marcha de abertura do Fórum Social Mundial Palestina Livre, nesta quinta-feira (29) em Porto Alegre, coincidiu com o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino e com a Resolução 181 da ONU.
Seis mil militantes de diversos países participaram da marcha. A concentração foi no Largo Glênio Peres e seu término foi na Usina do Gasômetro, local que concentra grande parte das atividades do encontro que vai até este sábado (1º).
Na chegada da marcha à Usina do Gasômetro, enquanto lideranças internacionais e nacionais ainda discursavam em solidariedade com o povo palestino, chegou a noticia de que nas Nações Unidas, era alcançado o total de votos para admitir a Palestina como Estado Observador.
A resolução foi aprovada com 138 votos dos 193 da Assembleia-Geral. Nove países votaram contra e 41 se abstiveram. O status de Estado Observador é semelhante ao do Vaticano e ainda não dá o direito a voto. Mas, já lhe dá o direito de participar de comissões especiais e recorrer ao Tribunal Penal Internacional (TPI), apresentando denúncia contra os abusos do governo israelense.
Desde 1974, os palestinos eram representados pela Organização para Libertação da Palestina (OLP), que tinha o status de entidade observadora. O reconhecimento foi comemorado em todo mundo, principalmente entre os palestinos, na Cijordânia.
Nesta sexta-feira (30), ocorrem duas conferências no Fórum em Porto Alegre: uma delas sobre a luta internacional contra todos os muros que segregam os povos e os pobres no mundo, na Usina do Gasômetro, e outra sobre a campanha Boicote, Desinvestimento e Sanções a Israel (BDS), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O Fórum Social Mundial da Palestina Livre é organizado por movimentos sociais, centrais sindicais, representantes da comunidade árabe internacional e por entidades que lutam pela causa Palestina. Ao longo de todo o evento, diversos debates, palestras, oficinas, todas atividades autogestionadas por organizações estarão abordando diversas estratégias de resistência. (pulsar/ciranda)