
Foi apresentado publicamente nesta segunda-feira (11), durante uma reunião no Instituto dos Arquitetos do Brasil, no Rio de Janeiro, o Plano Popular da Vila Autódromo. O documento é uma alternativa ao projeto da Prefeitura carioca de remover a comunidade que habita a área na Zona Oeste da cidade e construir um condomínio no local.
A apresentação, aberta ao público, foi o marco inicial para instalação de um Grupo de Trabalho Técnico-Profissional de especialistas em questões relativas ao desenvolvimento urbano, desenvolvimento social e à moradia. A meta é elaborar um laudo técnico sobre as propostas da Prefeitura e da AMPAVA para a comunidade instalada no local há 25 anos.
O Grupo de Trabalho avaliará qual o projeto mais indicado. Também deverá recomendar a adoção de medidas que tornem a realização dos Jogos Olímpicos compatíveis com o direito à moradia adequada e à função social da propriedade e da cidade.
O Plano inclui programas de saneamento básico, infra-estrutura, meio-ambiente, serviços públicos e desenvolvimento cultural e comunitário. Além de afirmar o direito e a possibilidade da permanência da comunidade na área atual, o Plano também rejeita a remoção involuntária de qualquer morador.
A proposta Em agosto de 2012, a Associação de Moradores, Pescadores e Amigos da Vila Autódromo (AMPAVA) entregou o Plano ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. O documento, elaborado pela comunidade com assessoria técnica de profissionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), comprova que a urbanização custaria apenas 20% do previsto com a remoção da comunidade.
O Prefeito se comprometeu a responder aos moradores com uma avaliação técnica do Plano em 45 dias, mas isso nunca aconteceu. Sem a resposta do poder público, a Associação de moradores tomou a inciativa de convidar entidades profissionais para avaliar os dois projetos para a comunidade: o Plano Popular e a proposta da Prefeitura de remoção dos moradores para o condomínio Parque Carioca. (pulsar)