
O secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, afirmou que será “respeitoso” com a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela. O órgão reconheceu Nicolás Maduro como novo presidente da Venezuela.
Dessa maneira, a OEA se retifica da primeira posição, em que pediu uma nova contagem dos votos devido a pequena margem, que chegou 265 mil votos, entre Maduro e o candidato derrotado Henrique Capriles.
Insulza declarou nesta quarta-feira (17) que a OEA respeitará as formas legais e constitucionais da Venezuela, demonstrando apoio e desejando “o melhor governo ao presidente eleito”. Ele também pediu que se realize um diálogo entre os diferentes setores políticos da Venezuela com a finalidade de trazer calma à tensão social vivida no país.
O secretário da OEA condenou os atos de violência que ocorreram nos últimos dias. O Ministério Público da Venezuela apura as mais de 16o denúncias de violações ocorridas em decorrência de divergências entre aliados de Maduro, herdeiro político do falecido presidente Hugo Chávez, e do conservador Capriles. Cerca de 70 pessoas ficaram feridas e oito morreram após conflitos.
Capriles continua não reconhecendo o resultado e pedindo a recontagem de 100% dos votos. O governo dos Estados Unidos é o único das Américas que aderiu a essa campanha.
De acordo com informações do Opera Mundi, os países do Mercosul parabenizaram a população da Venezuela pela alta participação eleitoral que, mesmo não sendo obrigatória, foi superior a 80%. Outros organismos como Unasul, Caricom e Alba também enviaram expressões de apoio “à decisão da maioria dos venezuelanos”. (pulsar)