As duas primeira semanas do mês de julho de 2012, os povos indígenas Nasa, Misak, Yanacona, Totoró, Coconuco do departamento do Cauca, na Colômbia, têm sido testemunha do aumento da violência armada e de violações diretas a seus direitos humanos. A noite de 3 de julho, fruto dos enfrentamentos entre o Exército e a guerrilha, a antena da emissora comunitária “Voces de Nuestra Tierra” (Vozes de Nossa Terra), localizada em Jambaló, foi destruída ficando sem a possibilidade de transmitir e, assim, restringindo o direito à liberdade de expressão dos povos indígenas do Cauca. Este feito somado às constantes ameaças recebidas por parte das forças de ordem e da guerrilha obrigou que algumas emissoras comunitárias indígenas a restringir suas emissões pelo temor de sofrer represálias diretas.
Os povos indígenas do Cauca colombiano pedem o fim da violência e a desocupação de seu território, cenário de um conflito entre a guerrilha e o Exército colombiano que os coloca entre duas frentes, acusados e violentados armados de ambos os lados. Tal como notou a Missão de Liberdade de expressão da Colômbia, realizada pelos Repórteres sem Fronteiras e pela AMARC em maio de 2010, as rádios comunitárias indígenas necessitam de proteção tanto para os comunicadores que exercem seus direitos humanos de liberdade de expressão, como de suas intalações com as quais garantem a difusão de seus conteúdos.
A AMARC solicita ao governo da República da Colômbia e aos que se levantaram em armas a respeitar os direitos dos povos indígenas colombianos, procurando deixarem os territórios habitados por comunidades indígenas e chegando o mais rápido possível a acordos permanentes de paz.
AMARC
AMARC ALC
AMARC Colombia