A 22ª edição da Campanha Internacional “16 Dias de ativismo contra a Violência de Gênero” foi iniciada neste domingo (25) no marco do Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. No Brasil, combate a impunidade será reforçado.
O Centro para a Liderança Global das Mulheres da Universidade de Rutgers, Estados Unidos, em conjunto com milhares de organizações ao redor do mundo, realiza a campanha para exigir o fim da violência contra as mulheres e apelar aos governos para que garantam sua proteção.
A entidade escolheu o período de 25 de novembro a 10 de dezembro para a ação. A data garantiria mais visibilidade ao Dia Internacional contra a Violência contra a Mulher e ao Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado dia 10 de dezembro. Dessa forma, relaciona a violência de gênero a violação aos direitos humanos.
Neste ano, o tema global da Campanha continuará sendo “Da Paz no lar à Paz no mundo: Vamos desafiar o Militarismo e pôr fim à Violência contra as Mulheres!”. No Brasil, organizações começam a realizar atividades um pouco antes, a partir do Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro. Com a temática “Compromisso e atitude pela Lei Maria da Penha – a lei é mais forte”, a intenção é promover ações conjuntas entre sociedade, governo e justiça a fim de diminuir a impunidade nos crimes contra as mulheres.
De acordo com a consultora jurídica de Direitos Humanos do portal Feminicidio.net, Elena Laporta, a América Latina tem uma das taxas de assassinato de mulheres por motivações de gênero mais elevadas do mundo. Ela aponta que, dos 25 países com maior número de feminicídios, mais de 50% estão na América: quatro no Caribe, quatro na América Central e seis na América do Sul”. Aproximadamente 66 mil mulheres são assassinadas a cada ano em nível global, o que representa 17% do total de mortes violentas. (pulsar/adital)