
Nesta quarta-feira (6), o Acampamento Nacional Sem Terra, batizado na assembleia realizada ontem (5) de acampamento Hugo Chávez, soma-se à Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília (DF). Com o tema “Em defesa da cidadania, do desenvolvimento e da valorização do trabalho”, a marcha também reivindica a reforma agrária e a soberania alimentar no Brasil.
Os acampados decidiram batizar o acampamento nacional por Hugo Chávez, em homenagem ao presidente venezuelano que faleceu vítima de um câncer
Desde a manhã de terça-feira (5), cerca de 700 mulheres camponesas montaram o acampamento Sem Terra em Brasília, próximo ao prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
A Jornada tem como objetivo principal pressionar o governo federal para realização da Reforma Agrária com o assentamento 150 mil famílias acampadas no país. A atividade faz parte da Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina, que ocorre anualmente no mês de março. A pretensão é concluir esta semana com pelo menos 2 mil pessoas no acampamento.
Rosana Fernandes, da coordenação nacional do MST, explica que a alternativa ao modelo de agronegócio defendida pela Jornada é o modelo de agricultura baseado na produção agroecológica e na defesa da soberania alimentar. A prática agroecológica une conhecimentos científicos a saberes populares e tradicionais.
Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), atualmente 30% dos alimentos consumidos pelos brasileiros são impróprios para o consumo somente por conta da contaminação por agrotóxicos,
De acordo com informações do site do MST, o acampamento não será apenas um espaço de pressão e reivindicação ao governo. As camponesas também defendem que o diálogo sobre a produção de alimentos saudáveis seja estendido a toda a sociedade. (pulsar)