Militantes se reuniram neste domingo (4) em manifestação na cidade de São Paulo para lembrar o assassinato do dirigente comunista e revolucionário Carlos Marighella, há 43 anos. Na Bahia, uma exposição de quadros também homenageia o militante.
Foram depositadas flores na Alameda Casa Branca, na região dos Jardins, zona oeste da cidade de São Paulo, onde o guerrilheiro foi emboscado e covardemente assassinado por agentes da ditadura militar.
O baiano Carlos Marighella iniciou a militância aos 18 anos, quando se filiou ao Partido Comunista do Brasil (PCB). Preso em 1936, durante a ditadura de Getúlio Vargas, foi eleito deputado federal constituinte em 1946 e, no ano seguinte, teve o mandato cassado. Quase 20 anos depois, foi preso pela Delegacia de Ordem Política e Social (Dops). Em 1968, fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN), grupo armado de resistência à ditadura.
A companheira do guerrilheiro, Clara Charf, relembra que no dia em que foi assassinado, Marighella havia saído para ajudar a tirar do Brasil pessoas perseguidas pela ditadura, quando foi pego no percurso.
Para ela, prestar homenagem a Marighella todos os anos é uma forma de desfazer as mentiras contadas pela ditadura, além de usar a imagem do guerrilheiro para combater as injustiças atuais. Clara ainda reforça que sempre lutaram “pela liberdade, pela igualdade, pela democracia, pela possibilidade de as pessoas seguirem sua vocação, todos terem direito ao trabalho e ao lazer”.
Além da manifestação em São Paulo, em Salvador foi inaugurada ontem, em plena Praça Castro Alves, a praça do povo, uma exposição do artista plástico Helder Becerra. São 13 telas em homenagem a Carlos Marighella. (pulsar/vermelho)