
Uma manifestação contra o golpe militar de 1964, que completou 49 anos nesta segunda-feira (1º) reuniu cerca de 200 pessoas na Cinelândia na ttarde de ontem no centro do Rio de Janeiro. Integrantes de partidos políticos, organizações pelos direitos humanos e movimentos sociais pediram punição para os responsáveis pelos crimes cometidos durante a ditadura.
O ato aconteceu bem em frente ao Clube Militar, onde ano passado os militares realizaram uma comemoração da data. A Cinelândia foi cenário de vários atos de protesto contra os militares durante o regime militar.
De acordo com a Agência Brasil, lideranças estudantis, parentes de vítimas e políticos também cobravam mais empenho nas investigações que estão sendo conduzidas pela Comissão Nacional da Verdade. A jornalista Hildergard Angel, irmã de Stuart Angel e filha de Zuzu Angel, vítimas da ditadura, ressaltou que a Cinelândia, local da manifestação, é um marco da luta pela democracia no país.
O coletivo Lembrar é Re Existir que atua colocando placas em memória de mortos e desaparecidos pela ditadura militar nos locais onde foram vistos pela última vez também participaram da manifestação. No mesmo dia, colocaram quatro placas em memória de pessoas assassinadas na data do golpe.
Durante a manifestação, a Cinelândia também foi ocupada por um grupo de pessoas que protestava contra a desocupação da Aldeia Maracanã, que será reformado para receber o Museu Olímpico. Indígenasque ocupavam o prédio desde 2006 querem que o antigo Museudo Índio seja transformado em um centro de referência da cultura indígena. (pulsar)