O movimento independente Mães de Maio, formado por familiares de vítimas da violência policial no estado de São Paulo, organiza uma série de lançamentos do livro “Mães de Maio, Mães do Cárcere: A Periferia Grita”. Este é o segundo livro do movimento.
A publicação é dividida em três temáticas diferentes. A primeira, chamada “grito familiar”, reúne o relato de mais de 20 familiares e amigos de vítimas diretas da violência de agentes do estado, desde os crimes de maio de 2006. A segunda parte, “grito poético”, apresenta letras, contos e poesias de cerca de 40 poetas. A terceira e última parte, “grito dos parceiros”, traz textos de outros coletivos que se somam à luta do movimento em todo o Brasil.
Lançamentos em diferentes locais ocorrem a partir dessa quarta-feira (5) até a próxima segunda-feira (10), em São Paulo. O prefácio do novo trabalho do Movimento é escrito pelo rapper Déxter que, para fugir da violência, fundou o grupo 509-E na época em que esteve detido no presídio Carandiru.
O livro lançado pelas Mães de Maio conta ainda com a participação do músico Eduardo, do grupo de rap Facção Central, do poeta Sérgio Vaz e de relatos de mães que foram vítimas do sistema carcerário no país.
O primeiro livro lançado pelo Movimento foi em maio de 2011, intitulado “Mães de Maio – Do Luto à Luta”. O volume abordou os crimes cometidos por grupos de extermínio formado por policiais em maio de 2006, em que resultou na morte em São Paulo de mais de 500 pessoas em apenas oito dias. (pulsar/brasildefato)