Milhares de pessoas lotaram a orla de Copacabana neste domingo (18) na 17ª Parada do Orgulho LGBT no Rio de Janeiro. O tema da manifestação este ano foi o combate à homofobia.
Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, ao lado de familiares e amigos, protestaram contra a violência relacionada à orientação sexual do indivíduo e reivindicaram direitos civis.
Com o tema “Coração Não Tem Preconceito, tem Amor”, a manifestação teve à frente dos 15 trios elétricos o movimento nacional “Mães pela Igualdade”, que ao lado de seus filhos gays fizeram apelos a outras famílias. O pedido era pelo fim do preconceito que se reflete em atos de agressão.
A manifestação também reuniu, pela primeira vez, grupo declaradamente evangélico. Com faixas, cartazes e camisetas, cerca de 150 jovens de Brasília, de Campo Grande, de São Paulo e do Rio ofereceram abraços como forma de prestar apoio aos LGBTs. De várias igrejas neopentecostais, eles se organizaram pelas redes sociais.
Para a organização não governamental Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT, organizadora da manifestação, a parada é uma momento político de afirmação. O presidente da ONG, Julio Moreira disse que é preciso um trabalho de educação com a sociedade para que as pessoas entendam “que a diversidade está aí”.
No mesmo dia em que Parada Gay coloria as ruas do Rio de Janeiro, o jornalista e militante goiano Lucas Fortuna foi encontrado morto próximo a Recife, em Pernambuco. Seu corpo estava com sinais de espancamento e todo ensanguentado. Seus pertences não foram levados. Para amigos e familiares, tudo leva a crer que se trata de um crime homofóbico.
Lucas Fortuna era presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no município de Santo Antônio de Goiás e militante do Movimento Gay, em Goiânia. (pulsar/brasilatual)