Dos mais de 5,7 milhões inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, 2,4 milhões se declararam pardos, 694 mil, pretos, e 35 mil, indígenas. A distribuição por raças é um dos critérios da Lei de Cotas, publicada há duas semanas.
Os dados, divulgados pela Agência Brasil, fazem parte de balanço do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo exame. Os novos critérios terão de ser incluídos nas regras de seleção para universidades públicas por meio do Enem.
A nova lei obriga instituições federais de ensino superior a destinarem progressivamente uma parte das vagas para estudantes que frequentaram todo o ensino médio em escolas públicas. O objetivo do governo é atingir o índice de 50% das vagas em quatro anos. Estudantes de baixa renda e os que se declaram pretos, pardos ou indígenas terão prioridade nas vagas.
As provas do Enem serão realizadas em mil e 600 municípios de todo o país nos dias 3 e 4 de novembro. Os números do Inep também revelam que a maioria dos participantes do Enem 2012, que tem recorde de inscrições confirmadas, é composta por mulheres.
As brasileiras respondem por 59% das inscrições, com 3,4 milhões, enquanto os homens somam 2,3 milhões, correspondentes a 41%. Do total de inscritos, 4 milhões foram isentos da taxa de 35 reais por serem alunos de escolas públicas ou pertencerem a famílias de baixa renda. (pulsar)