
O julgamento do latifundiário Adriano Chafik, responsável pelo Massacre de Felisburgo, que assassinou cinco Sem Terras do acampamento Terra Prometida em 2004, foi adiado pela Justiça de Minas Gerais.
De acordo com informações do site do MST, o juri estava marcado para 13 de janeiro, mas foi adiado por problemas jurídicos no processo. Em nota, o MST e o Comitê Justiça Felisburgo classificam o adiamento como “lamentável”. O movimento espera que o julgamento ocorra até abril deste ano.
O Massacre de Felisburgo completou oito anos no dia 20 de novembro de 2012. Cerca de 230 famílias haviam ocupado a Fazenda Nova Alegria em 1º maio de 2004. Seis meses depois, o latifundiário Adriano Chafik comandou pessoalmente o ataque às famílias. A terra era considerada devoluta pelo Instituto de Terras de Minas Gerais (Iter).
Até agora, ninguém foi punido pelo assassinato dos cinco trabalhadores rurais e pelos ferimentos a bala de outras 12 pessoas. O fazendeiro foi preso e posto em liberdade por duas vezes, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mesmo depois de confessar a participação na chacina em depoimento à Polícia Militar.
Em campanha, o MST pressiona pela punição do latifundiário e mandante do crime, Adriano Chafik, e seus pistoleiros. As mobilizações também exigem a desapropriação da área da fazenda Nova Alegria para fins de Reforma Agrária e a indenização das famílias vítimas da chacina.
Também terá início essa semana uma jornada de lutas contra a violência do latifúndio, os despejos dos trabalhadores acampados e em defesa da Reforma Agrária. (pulsar)