Desde o início de 2012, não há um dia em Honduras sem que um jornalista, um proprietário de um meio de
comunicação local ou um observador da sociedade civil receba algum tipo de ameaça de morte. Este
acúmulo de ameaças e intimidações se registra tanto na região militarizada do Aguán – local de um violento
conflito agrário – , como no departamento de Copán, na fronteira com a Guatemala e rota do narcotráfico,
incluindo as principais cidades, como pode constatar uma representante dos Repórteres sem Fronteiras que
visitou o país de 17 a 29 de fevereiro.
Alimentado pela repressão gerada pelo Golpe de Estado de 28 de junho de 2009, este clima de terror
ressurgiu com o lançamento, em novembro de 2011, do “Operativo Relâmpago”, que mobiliza a polícia e o
exército (http://es.rsf.org/honduras-absuelven-al-principal-sospechoso-02-11-2011,41329.html). Clima que
se prolonga com a tragédia nacional vivida pelo incêndio do Centro Penitenciário de Comayagua, onde 361
presos perderam a vida na noite de 14 e 15 de fevereiro. Até este momento, a impunidade perdura nos 24
casos de assassinato de jornalistas registrados nos últimos 10 anos, dos quais 17 foram cometidos após o
Golpe de Estado. A impunidade também persiste nos casos de assassinatos de representantes da sociedade
civil, defensores dos direitos humanos, sindicalistas e advogados registrados nestes últimos anos.
Honduras: Jornalistas e atores da sociedade civil, em meio da tormenta traz uma nova onda de ameaças
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