
O governo estadual do Rio de Janeiro mantém a decisão de derrubar o prédio histórico sob o argumento de atender aos padrões internacionais para realização da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Movimentos sociais e organizações se mobilizam em defesa do imóvel.
Além do Museu do Índio, a Escola Municipal Friedenreich também corre risco de ter o prédio demolido. Ambos ficam próximos ao Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. Nesta quarta-feira (12) uma audiência pública sobre o tema foi realizada na capital fluminense.
Em entrevista à Agência Brasil, o cacique Carlos Tucano pediu pela abertura de um canal de negociação com o governo de Sérgio Cabral (PMDB). Ele lembrou que o Museu do Índio é muito relevante, sendo sua preservação uma “questão de memória dos primeiros habitantes do Brasil”.
Indígenas de várias partes do país ocupam o local desde 2006. Eles reivindicam a reforma do espaço a fim de transformar o prédio em ponto de difusão da cultura tradicional na cidade, isso sob a óptica das próprias etnias indígenas.
O Comitê Popular da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 também critica a maneira como estão sendo implementadas as obras do Maracanã. Para o movimento, o governo estadual do Rio de Janeiro deveria debater com a população as mudanças que estão sendo realizadas.
Integrantes da Defensoria Pública-Geral do Estado, do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, entre outros órgãos, também participaram da audiência pública sobre os impactos das obras do Maracanã. (pulsar)