
Cerca de 80 famílias tiveram suas casas demolidas na manhã desta terça-feira (18), na comunidade Nova Estiva, em Fortaleza. A ação de despejo foi efetivada pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Moradores e advogados que estão à frente da ocupação alegam que o despejo foi ilegal, já que o terreno está sem nenhuma função social há 40 anos. Uma outra decisão foi emitida para adiar o despejo, mas antes disso a ação já havia acontecido.
Ainda ontem pela manhã, houve uma audiência no Ministério Público (MP) com a Comissão da Comunidade de Nova Estiva para resolver a questão, mas com poucos resultados. Somente depois que as casas estavam destruídas, a Prefeitura Municipal de Fortaleza acordou em desapropriar o terreno.
De acordo com Patrícia Oliveira, advogada do Escritório Frei Tito de Direitos Humanos, os moradores têm direito a serem ressarcidos pelos danos sofridos.
Rosinele Lima Mendes, moradora de comunidade Raízes da Praia, próxima ao local do despejo, contou que o Defensor Público responsável havia prometido avisar sobre qualquer ação de despejo, mas descumpriu a promessa. Segundo ela, no local há escombros e destruição por toda parte.
Desde de agosto deste ano, a comunidade cearense Nova Estiva está em situação de conflito fundiário diante das tentativas de despejo dos que reivindicam a propriedade do imóvel. (pulsar/adital)