Milhares de pessoas saíram às ruas das principais cidades da Espanha e de Portugal nesta quarta-feira (14) para protestar contra as medidas de austeridade fiscal aplicadas por seus respectivos governos.
A greve geral organizada pelos principais sindicatos do sul da Europa conta com forte participação popular nos dois países. Foram registradas dezenas de prisões em decorrência de confrontos entre manifestantes e a polícia. Greves parciais e protestos em solidariedade também ocorreram em outros países europeus, porém, com menor adesão.
Na Espanha, embora o governo conservador de Mariano Rajoy fale que o país se encontra em um estado de “normalidade”, houve grande adesão no setor industrial e nos transportes. De acordo com dados da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Confederação Sindical de Comissões Operárias (CCOO), o balanço das dez primeiras horas de greve contabiliza participação massiva nos setores da indústria siderúrgica, automobilística, química e construção civil.
As associações afirmam que há paralisação de quase 100% nos portos, 90% dos aeroportos e no transporte rodoviário e ferroviário. Em Madri, a greve paralisou totalmente o serviço de metrô, segundo a UGT. Os sindicatos esperam que a greve afete 80% dos trabalhadores em todo o país, com menos adesão nos setores de educação e administração pública.
Em Portugal, a greve foi convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores de Portugal (CGTP). O transporte coletivo está praticamente paralisado nas principais cidades portuguesas, incluindo ônibus, metrôs e bondes. O líder da CGTP, Arménio Carlos, criticou a presença de policiais e de forças especiais de segurança, como a tropa de choque, junto a piquetes de greve em Lisboa. Ele classifica essas ações como “brutalidades”. (pulsar/operamundi)