
Em 12 anos, a soma dos custos das doenças fortemente atribuíveis a fatores ambientais em Manaus foi estimada em 286 milhões de reais, segundo pesquisa ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O valor inclui gastos hospitalares e com dias de trabalho resultantes da permanência de doentes em leitos de hospitais.
Em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias, o professor que conduziu o estudo, Marcilio Sandro de Medeiros, contou que a metodologia está agora sendo aplicada para toda a Amazônia Legal.
Medeiros explica que “o objetivo do projeto é ajudar a estabelecer prioridades no emprego dos recursos públicos, que são escassos, e criar ferramentas para dialogar com os gestores e a sociedade sobre as prioridades” na Saúde.
Das doenças estudadas, as diarreias têm a maior fração atribuível a fatores ambientais: 94% dos casos. As infecções respiratórias das vias aéreas inferiores respondem por 41%. Já as doenças cardiovasculares, por 16%. Realizada de 1998 a 2009, a investigação revelou que esses três problemas somam 78,6% das doenças por causas ambientais, que incluem poluição do ar, água, falta de saneamento, entre outras. Os outros 21,4% incluem tuberculose, malária, hepatites, dengue, crescimento exagerado de células e consumo de álcool e outras drogas.
A pesquisa faz parte do projeto Abordagem Ecossistêmica para o Desenvolvimento de Indicadores e Cenários de Sustentabilidade Ambiental e de Saúde em Manaus. (pulsar)