
Essa afirmação fez parte do encerramento do encontro que ocorreu em Santiago, no Chile, reunindo cerca de 400 organizações sociais da América Latina, Caribe e Europa, no último final de semana. A democratização dos meios de comunicação em defesa da liberdade de expressão também foi tema de debate.
O encontro é um evento paralelo à 1ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia (UE), que ocorre na mesma cidade. Depois da realização de várias atividades, os participantes da Cúpula alternativa observaram que “a hegemonia do capital financeiro” ou seja, o favorecimento das atividades econômicas especulativas, “se manifesta na privatização dos serviços públicos e no desmantelamento do Estado de bem-estar.”
Também foi demonstrada preocupação com “a precariedade do trabalho, o extrativismo e o deslocamento forçado de povos indígenas”. Entre várias propostas, as organizações fizeram chamadas para “promover os direitos dos migrantes” e frear o avanço de “leis anti-terroristas”. O texto final do encontro pediu “respeito pela auto-determinação dos povos do mundo.”
O tema da comunicação também foi abordado durante a Cúpula. Maria Pia Matta, presidenta da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc), participou do painel “Plurinacionalidade, direito à comunicação e concentração da mídia”. Na ocasião, Pia afirmou que “se não há acesso aos meios de comunicação, a liberdade de expressão é relativa”.
O painel discutiu a falta de vontade política do Estado para cumprir o direito à comunicação dentro da legislação nacional chilena. Os demais integrantes do debate concordaram que no Chile a legislação tem servido para dificultar a existência de meios de comunicação comunitários e sem fins de lucro. (pulsar)
Leia as notas em espanhol:
La Cumbre de los Pueblos repudió la hegemonía mundial del capital financiero.
Si no hay acceso a medios de comunicación la libertad de expresión es relativa.