
Segundo relatório “Tendências Mundiais de Emprego das Mulheres 2012”, as taxas de desemprego delas são mais altas do que as dos homens em escala mundial. Não há previsão de melhoras nos próximos anos.
De acordo com o documento elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a diferença de gênero na relação emprego-população diminuiu levemente antes da crise, mas permaneceu alta, em 24,5 %. Porém, a crise destruiu 13 milhões de empregos para as mulheres.
Nas economias tidas como desenvolvidas, o emprego na indústria se reduziu à metade, deslocando 85 % das mulheres para setores como educação e saúde. Nos países emergentes, elas foram particularmente afetadas nos setores do comércio.
Sobre empregos vulneráveis, em 2012, a diferença entre as proporção de mulheres e homens nessa situação é de 2%. Esse tipo de trabalho corresponde à trabalhos instáveis ou trabalhos familiares não remunerados. Porém, a disparidade é bem maior no Norte da África e no Oriente Médio, chegando a 24%, e na África Subsaariana, onde a marca atinge 15% .
Em relação à segregação, o estudo destaca que as mulheres enfrentam mais limitações para a escolha do emprego em todos os setores econômicos. Nesse sentido, seria necessária a ampliação dos investimentos em capacitação e educação, além de mais medidas de proteção social às mulheres.
A OIT também recomenda a promoção de campanhas de sensibilização e o incentivo à legislações contra os preconceitos de gênero. Entre as propostas, a busca pelo equilíbrio da divisão do trabalho não remunerado, principalmente por meio de programas de repartição de responsabilidades familiares. (pulsar)