Os manifestantes exigem ainda que a AGU defenda os interesses da comunidade quilombola situada na região de Simões Filho, próximo a Salvador, conforme determina a Constituição Federal. Também informa que manterá a ocupação até que suas reivindicações sejam atendidas pelo órgão.
A Comunidade resiste no seu território desde 1900, tal como afirma o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) do INCRA. A Fundação Cultural Palmares ressaltou que mais que afirmação do Relatório, vale “o que está na memória viva da população quilombola que compreende seu território como espaço de vida, produção, cultura, religiosidade e luta”.
O conflito se arrasta desde a década de 70, quando foi criada a Base Naval de Aratu no território. De acordo com a comunidade quilombola, a Marinha do Brasil se instalou na região praticando todo tipo de violência contra mulheres, idosos, crianças e toda a comunidade. Hoje querem expulsá-los do local.
De acordo com o artigo 68 da Constituição Federal, as comunidades quilombolas tem direito aos territórios ocupados. Diante disso, a comunidade exige que a AGU aja junto ao Poder Judiciário, para que as Ações de Despejo sejam suspensas, até que o Governo Federal regularize o Território do Quilombo. (pulsar)