
A Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas Brasileiros será instalada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) no próximo dia 18, em Porto Alegre.
O objetivo é resgatar a história dos profissionais que foram vítimas da ditadura militar. Além disso, o grupo pretende editar uma publicação que deve ser entregue à Comissão da Verdade do governo federal até agosto deste ano.
Junto com a Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe (Fepalc), a Fenaj está organizando o Seminário Internacional Direitos Humanos e Jornalismo, que será realizado nos dias 18 e 19 de janeiro na capital gaúcha. A Comissão será instalada durante o evento.
Em entrevista ao site Agência da Boa Notícia, o diretor de Relações Institucionais da Fenaj, Sérgio Murillo, explicou que “o propósito é registrar não apenas os casos de jornalistas mortos e desaparecidos, mas também de todos os que foram comprovadamente perseguidos, ameaçados, cassados, indiciados em processos, condenados, exilados, presos e torturados”.
De acordo com informações do site, o trabalho será realizado com base em documentos oficiais do período da ditadura militar, que estão sob a guarda do Arquivo Nacional, além de entrevistas com vítimas e consulta às publicações da época.
O jornalista Sérgio Murillo de Andrade vai coordenar os trabalhos da equipe composta por Audálio Dantas, Nilmário Miranda, Rose Nogueira e Carlos Alberto Caó. A decisão foi aprovada no 35º Congresso Nacional dos Jornalistas, em novembro passado. (pulsar/vermelho)