
Nesta terça-feira (22), completou-se um ano da violenta ação de desocupação do Pinheirinho, que deixou cerca de mil e 700 famílias sem moradia em São José dos Campos, interior de São Paulo. Um ato foi realizado em frente ao terreno da antiga ocupação para relembrar a data.
Com o tema “Pinheirinho exige justiça”, ativistas e entidades de todo país exigiram a reparação às famílias pelos danos morais e materiais sofridos durante a desocupação, além da desapropriação da área para construção de moradias.
Passado um ano do despejo, o terreno de mais de um milhão de metros quadrados voltou a ficar abandonado, sem cumprir qualquer função social. De acordo com informações do Sindimetal, a Selecta, massa falida do empresário Naji Nahas, continua devendo milhões de reais em impostos e multas à prefeitura de São José dos Campos.
As famílias expulsas de suas casas recebem hoje o aluguel social no valor de 500 reais, pago pelos governos estadual e municipal. Muitas delas são obrigadas a juntar os benefícios para conseguir pagar os alugueis, inflacionados após a desocupação.
A organização Anistia Internacional pediu ontem (22), em carta pública, solução para o problema. A organização ainda ressaltou que o auxílio-aluguel é um apoio à população, mas deveria ser uma solução temporária.
O advogado e um dos líderes do movimento, Antônio Donizete, conhecido como Toninho, afirma que a desocupação não será esquecida “para que não se repita tamanha crueldade”. Ele ainda reforça que o principal dever do movimento é “exigir que o povo do Pinheirinho receba suas moradias, e os responsáveis pela vergonhosa desocupação sejam punidos”. (pulsar)