
O coordenador executivo da Amarc Brasil, João Malerba, esteve em Angola para debater “As Rádios Comunitárias ao Serviço do Cidadão”. Ele explicou, no Luena (Moxico), que as rádios comunitárias são meios de comunicação com a finalidade sócio-cultural e sem fins lucrativos.
Segundo João, elas existem para atender as necessidades de comunicação e habilitar o exercício do direito à informação e liberdade de expressão aos membros das comunidades.
Para o mestre em comunicação e cultura da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, essas comunidades pode ser territoriais, etnolinguísticas ou de interesse.
Este tipo de rádio caracteriza-se fundamental pela participação da comunidade tanto na propriedade do veículo como na programação, administração, operação, financiamento e avaliação, explicou.
Disse que as rádios comunitárias têm como objetivos promover o desenvolvimento social, os direitos humanos, a diversidade cultural e linguística, a pluralidade de informações e opiniões, os valores democráticos, a satisfação das necessidades de comunicação social, a convivência pacífica e o fortalecimento das identidades culturais e sociais.
Em sua opinião, são meios pluralistas, devem permitir e promover o diálogo, o acesso e participação da diversidade de movimentos sociais, raças, etnias, gêneros, orientações sexuais e religiosas, idades ou de qualquer outro tipo.
Quanto à sua implantação, referiu que nunca deve haver limites arbitrários e pré estabelecidos em relação às áreas geográficas de serviço, cobertura, potência e números de estações numa localidade, região ou país.
Ressaltou que a criação destas rádios em Angola irá permitir o fortalecimento da cidadania (direitos e deveres), desenvolvimento social, cultural e humano das províncias, satisfação das necessidades comunicacionais comunitárias, auxiliar nas campanhas e acções governamentais, bem como a manutenção e fomento da diversidade cultural e linguística angolana.