Caravana Agroecológica e Cultural divulgará experiências da agricultura familiar em cerca de dez municípios da região entre os dias 22 e 25 de maio. A ideia é gerar intercâmbio entre as experiências locais e aquelas vividas por outras 40 pessoas. Estas fazem parte de grupos ligados à agroecologia e chegam de todas as regiões do Brasil.
Os grupos – que somam ao menos 200 pessoas – aproveitam os trajetos para divulgar a agroecologia com panfletagens, entrevistas em rádios e eventos nas praças públicas. Assim, o número de participantes se multiplica junto à população de cada cidade.
A agricultura no norte da Zona da Mata de Minas Gerais é formada basicamente por famílias. Cerca de 90% das propriedades são menores que 100 hectares. Os participantes da caravana conhecerão algumas experiências construídas pelos agricultores e entidades da região – sindicatos, ONGs, grupos de mulheres e cultura negra, universidades, etc.
São exemplos de produção e manejo com agroecologia e venda de alimentos saudáveis para escolas por meio de programas de políticas públicas. Além disso, a resistência aos minerodutos e à mineração de bauxita. E a construção das Escolas Família Agrícola, que são espaços populares onde os jovens aprendem agroecologia numa mescla de a teoria e a prática realizada em suas casas e comunidades.
Também são consideradas importantes as experiências de conquista da terra, seja em assentamentos de reforma agrária, seja em assentamentos formados com crédito rural, quer dizer, pela compra de terras por um conjunto de famílias organizadas.
Na entrevista a seguir, Glauco Regis, da coordenação do Centro de Tecncologia Alternativa da Zona da Mata de Minas Gerais, explica o que é agroecologia e porque realizar este evento, o primeiro do tipo em preparação para o III Encontro Nacional de Agroecologia, que será realizado no próximo ano.