
Os trabalhadores da General Motors em São José dos Campos, no interior de São Paulo, decidiram em assembleia realizada hoje (28) aceitar a proposta feita após negociações entre o Sindicato dos Metalúrgicos da região e a montadora. O acordo reverte o fechamento de unidade na cidade e mantém 750 empregos.
No entanto, esse número reflete pouco menos da metade do quadro de ameaçados de demissão. Os outros 779 metalúrgicos receberam a extensão do sistema que suspende temporariamente o contrato de trabalho, mas garante salários. Parte dos recursos, nesses casos, vem do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
De acordo com informações do Sindicato, depois de um período de dois meses, caso esses trabalhadores sejam demitidos, terão o pagamento de uma multa no valor de três salários. Já os metalúrgicos que optarem pela demissão imediata devem receber a multa no valor de cinco salários.
O presidente do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, classificou o acordo como “o possível”. Falou que não “foi o dos sonhos, mas também não foi o que queria a GM”. Afirmou ainda que a defesa do emprego e dos direitos prossegue, já que o acordo somente prevê a produção do modelo de carro montado pelos trabalhadores mantidos na empresa até dezembro.Depois deste período, novas negociações devem ser abertas.
Na semana passada, trabalhadores de vários países fizeram mobilizações no Dia de Ação Global contra os Ataques da GM. Além do Brasil, a iniciativa demonstrou solidariedade entre operários da Colômbia, Estados Unidos, Espanha, França, Alemanha e Itália. (pulsar)